Na 11ª postagem, a do Tavistock (capítulo 26 - Como políticos, atores e cantores
medíocres são "inflados") vimos como nos EUA os
candidatos são escolhidos e lançados para virar governantes, no Brasil não é
diferente, nunca é o melhor entre os iguais, principalmente no quesito ética.
Vamos aos fatos do Acre, mas isto não
aconteceu só no Acre, muito menos somente na política, em outras searas isto
também aconteceu, o que explica este alinhamento generalizado entre o Governo
Formal, o Estado Brasileiro e o Governo Indireto.
37ª postagem.
Jorge Barreto.
O FIO DA MEADA - Capítulo IX
“ACRE OBJETIVO INTERNACIONAL”
“Para ter êxito,
qualquer iniciativa militar exige não só a capacidade de vencer, mas a
legitimidade política. E isso requer aliados.”
(Willian Perry, Sec.
Defesa EUA 1994 a 1997) (O ESP 06/08/97).
“Convidada pelo
presidente americano Bill Clinton para uma recepção no Itamaratí a Senadora
Marina Silva recebeu atenção especial do visitante. Mesmo sem poder comer
(alergia), ofereceu ao presidente americano o mais detalhado relato sobre os
programas de desenvolvimento auto-sustentado na Floresta Amazônica.”
(OESP 10/12/97).
A afirmação do Secretário
da Defesa dos Estados Unidos, hoje professor na Universidade Stanford, explica
o prestígio e a atenção internacional da Senadora Marina Silva (PT-Acre),
totalmente desproporcionais ao espaço político que ela ocupa no Brasil.
Foi apresentada na
última conferência de Davos na Suíça (reúne o poder
mundial) como um dos grandes líderes mundiais nos próximos dez anos.
Certamente não será com o colégio eleitoral do Acre, que assumirá essa
liderança!
O imotivado prestígio
internacional da Senadora do Acre, assim como o do falecido Chico Mendes,
tem como fonte o interesse dos EUA e da City de Londres na Amazônia. É
a busca de aliados e legitimidade política para uma eventual intervenção
militar na Região. Apoiar minorias, supostamente injustiçadas, e
explorar diferenças regionais é um meio de se obter “legitimidade política” e
apoio da opinião pública mundial. Dividir para dominar já era instrumento dos
antigos romanos para dominar os povos.
De fato, esse país já concentra
tropas nas fronteiras amazônicas do Brasil, a pretexto de combater o
narcotráfico. Além disso, os EUA e vários países Europeus apóiam política e
economicamente ONGS que, supostamente, defendem a ecologia, seringueiros e
“nações indígenas”, para tentar neutralizar qualquer iniciativa
desenvolvimentista na região. A cotação dos minérios na bolsa de London é
controlada através da criação e ampliação de falsas reservas indígenas e
parques “ecológicos”.
Outro exemplo dessa
“política” subversiva do capital internacional é o ocorrido com o governador do
Acre . Há cerca de dois anos, Orleir Carmeli, teve apreendido um avião
Boeing de sua propriedade, supostamente, carregado com contrabando. Foi
perseguido pela Receita Federal e pela Procuradoria Geral da República, que
ameaçava processa-lo, falou-se até em “impeachment”. Tudo isso, porque
pretendia construir uma rodovia para o Pacífico através do Peru, com
financiamento Peruano, que a imprensa acusou ser do narcotráfico.
A pressão foi tão
grande, que o projeto da estrada para o Pacífico foi abandonado, e o
Governador voltou a ter paz e ganhou projeção política, a ponto de filiar-se no
PFL com festas. Recentemente, envolveu-se na questão da compra de votos para
a reeleição de Fernando Henrique, mas o escândalo foi abafado.
Tudo isso tem a mesma
explicação. O capital internacional, representado, militarmente na região,
pelos EUA, não quer que a Amazônia se desenvolva, porque conta com seus
recursos, planejando, inclusive, uma intervenção militar, se os seus
objetivos forem contrariados. Financistas internacionais ingleses e
americanos pretendem controlar os recursos minerais da Amazônia, por
isso convulsionam o Brasil, apoiando a guerrilha do MST, a criação de
“Nações indígenas” e a ação de ONGS.
É a reedição mais
perversa do “Tratado de Tordesilhas”!
Intervir em região
inóspita, com baixa densidade populacional, é mais fácil, por isso os
piratas internacionais precisam evitar, a todo custo, que a Região Amazônica se
desenvolva. Para colaborar, ainda mais, com o projeto de internacionalização da
Amazônia, o governo FHC sepultou a colonização, ao separar o INCRA do
Ministério da Agricultura. Antes, o nome do ministério era: MINISTÉRIO
DA AGRICULTURA DA COLONIZAÇÀO E DA REFORMA AGRÁRIA, agora o governo eliminou a
colonização de seus objetivos.
Outra trama, que conta
com a colaboração do governo, é a proposta de financiamento internacional da
“preservação ambiental“ da Amazônia. Os países que “colaborarem” com esse
“Cavalo de Tróia”, certamente terão o direito de opinar sobre o destino da
região, comprometendo sua soberania. Os EUA não assinaram o protocolo de Kyoto
em defesa de sua soberania. Esse é o exemplo a ser seguido.
Um corredor de
exportação brasileiro, através do Peru, desenvolveria toda a Região Amazônica,
além de baratear, para o mercado asiático, a soja brasileira produzida em Mato
Grosso e Rondônia, que hoje viaja 4.000 km pela Amazônia para chegar ao
Atlântico, quando poderia viajar 9.000 km diretamente para a Ásia, acabando com
a “soja turismo” na nossa pauta de exportações.
O fato gerador do
progresso é o lucro, cuja expectativa colonizou o Oeste Americano e, até o
Alasca. A única forma de se impedir a intervenção militar americana na
Amazônia, a serviço da pirataria internacional, é através do seu povoamento e
conseqüente desenvolvimento econômico. A forma mais rápida
para concretizar esse objetivo é a instalação do corredor de exportação pelo
Peru, com o apoio do Japão, que não se negaria a financiar estradas ou ferrovias
para esse fim.
A complacência do
Governo FHC com o capital internacional compromete o futuro e a integridade
territorial do Brasil, colocando em risco a segurança nacional!
São Paulo, 29 de
dezembro de 1997
GRUPO DAS BANDEIRAS
ANTÔNIO JOSÉ RIBAS
PAIVA
Presidente
OBS: Após os
atentados terroristas aos Estados Unidos, em 11 de Setembro de 2001, ficou
evidente, que a guerra ao terrorismo requer alianças soberanas e que
a segurança das Américas está em perigo, realidade, que impõe a união de
esforços entre os dois grandes países americanos, contra o inimigo comum.
São Paulo, 12 de
outubro de 2005
GRUPO DAS BANDEIRAS
ANTÔNIO JOSÉ RIBAS
PAIVA
Presidente