Parte I
Vários livros foram escritos sobre as
privatizações, os dois mais famosos são A Privataria Tucana e O Príncipe da
Privataria, mas as duas melhores fontes sobre as privatizações são O Fio da
Meada e o Globalização versos Desenvolvimento.
Na Nova República, o regime do crime,
elas começaram com a privatização do Lloyd Brasileiro, o governo Collor também
se encarregou deste desserviço ao Brasil, depois veio a turma do PSDB com o
Banespa, as Telecomunicações e a mais grave de todas as privatizações foi a
Vale do Rio Doce.
Todas estas empresas já custaram
muito suor aos brasileiros de outros tempos, foram criadas por necessidades primordiais,
mas nada disto foi considerado pelos vassalos da Nova República, para estes,
todos os esforços feitos nos 485 anos anteriores não significou nada, a sangria
continua, agora é a BR Distribuidora que coloca ações para o capital selvagem "comprar".
Pelo fato da entrega ser geral e
irrestrita, ficou para historia o maior dos vexames, com o que ocorreu na CPI
da espionagem do Congresso, por conta das comunicações não estarem nas mãos dos
brasileiros, a CPI não foi capaz de concluir quem fez a espionagem da
presidente da república.
Mas vamos aos fatos desta 29ª
postagem e suas conseqüências, a fonte são os artigos de Adriano Benayon:
Jorge
Barreto
As empresas
estatais foram entregues a preços muito abaixo de seu valor patrimonial,
envolvendo a subavaliação dos lances iniciais, o pagamento em “moedas podres”
(títulos de dívida desvalorizados) e a participação de fundos de pensão de
estatais. Ainda por cima, a União despendeu centenas de bilhões de reais para
sanear passivos trabalhistas e financeiros das empresas privatizadas.
Assim, o Brasil tornou-se a casa da
sogra dos cartéis. Nas telecomunicações, até as tarifas promocionais são múltiplos enormes
das normais do exterior. O serviço é de
baixa qualidade, e áreas imensas ficam sem sinal.
Mudanças na Lei Geral das Telecomunicações
(nº 9.472/97) permitiram a operação de telefonia e celular por um único
conglomerado, e incentivos à concentração favoreceram as mega-empresas,
apoiadas por ANATEL e CADE.
No sistema
elétrico, danos semelhantes ao País: a infra estrutura
deteriorou-se, e, desde a privatização, as tarifas elevaram-se em cerca de
150%, acima da alta média dos preços.
A Petrobrás, foi privada, desde sua fundação,
do monopólio da distribuição, o segmento privilegiado da indústria do petróleo,
feudo para obter grandes lucros e que nada produz. A estatal já tivera
desgastes, mesmo antes dos pesados golpes decorrentes da Lei 9.497 de 1997,
entre os quais sua desnacionalização parcial e a perda dos monopólios da
prospecção e exploração.