Petrobras
Nesta 25ª postagem vamos ao fatos
que ocorreram no primeiro mandato do governo FHC, em relação aos crimes de Lesa
Pátria na Petrobras, a fonte agora será O FIO DA MEADA - capítulo XII.
Até agora muito já foi revelado
pela Operação Lava Jato sobre os crimes de corrupção (20 bilhões de Reais), mas
poucos, ou apenas, Ribas Paiva e Adriano Benayon escreveram sobre os crimes de
Lesa Pátria praticados nas ações e jazidas da Petrobras, estes valores estão na
casa dos trilhões de Reais ou se você preferir, na casa dos trilhões de
Dólares, basta fazer a conversão, mas impressa só diz sobre "martelo de
ouro".
Observe como tudo é um grande combinado entre corsários e vassalos.
Jorge Barreto
“PETROBRAS – PLANO ROTHSCHILD”
Os
Bancos Rothschild e Merrill Lynch, foram convocados pelo BNDES para coordenar a
colocação das ações ordinárias excedentes do controle da Petrobras, no mercado.
“Esta
será a maior oferta global da história dos países emergentes”, avaliou o
diretor do Rothschild, Osírio Ribeiro.
(Gazeta Mercantil 26/1/2000)
A privatização das estatais inglesas, no
governo Thatcher foi feita desse modo, pulverizando a posição acionária do
Estado nas Bolsas de Valores, decisão que prejudicou o patrimônio público
daquele país, favorecendo a “City” de Londres (grupo de financistas
capitaneados pelo Barão Rothschild, que controla a economia mundial a partir de
Londres). Na época, a desculpa apresentada para a adoção desse “modelo”
privatista foi a suposta socialização das ações das empresas públicas. Esse
golpe, possibilitou ao Grupo Rothschild e seus associados, assumir o controle
acionário das estatais, comprando, apenas, 17,5% do capital votante.
No decorrer do processo de privatização o
governo conservador, após 8 anos, perdeu apoio no Parlamento Inglês, colocando
em risco a incursão da “City” sobre as estatais. Para manter Margareth Thatcher
no poder e concluir o golpe da privatização inglesa, os financistas provocaram
a guerra das Malvinas, com o apoio dos americanos, que incentivaram Galtieri a
invadir as ilhas, prometendo-lhe neutralidade. O presidente argentino,
objetivando fortalecer-se no poder, invadiu as Malvinas e foi derrotado pela
Inglaterra, com o apoio dos EUA. A “vitória” possibilitou mais 4 anos para o
governo conservador, que concluiu a desestatização planejada, após 12 anos de
governo.
O jornal The Economist, há algum tempo,
elogiou Fernando Henrique, afirmando, que em apenas quatro anos de governo, ele
teria privatizado mais do que Thatcher em doze. O editorial concluiu,
afirmando, que ainda faltaria muita coisa para FHC terminar o “processo”.
O assalto às estatais inglesas não satisfez
a ganância do grupo da "City", que comprou estatais em todo o mundo,
na Itália, na França e, principalmente, na América Latina. No Brasil, com o apoio de seus títeres no governo, assumiram o
controle da CSN, Vale do Rio Doce, Comgás e de grande parte das telefônicas,
através de seus associados, espanhóis e portugueses. Agora, querem apossar-se das outras “jóias da coroa”: Petrobras, Banco
do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Objetivando apossar-se da Petrobras e
outras estatais, a preço vil, os financistas ingleses programaram a
reeleição de FHC e pretendem repetir o golpe da privatização inglesa no
Brasil, pulverizando ações com direito a voto, porque o controle
acionário de uma empresa vale várias vezes a cotação de bolsa dos lotes normais,
que não comprometem o controle. Portanto, QUANTO MAIOR A POSIÇÃO ACIONÁRIA,
MAIOR O VALOR DE TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE DA EMPRESA. A União detém 84% do
controle da Petrobras. Para que pulveriza-lo a preço de banana??? Está claro
que é para favorecer os ingleses!
Seguindo o “Plano Rothschild”, o desmonte
da Petrobras começou com a nomeação do “primeiro genro” para a Agência Nacional
do Petróleo, o qual indicou o atual presidente da empresa, um francês com
passado de terrorista no Brasil, desprezando, inexplicavelmente, os naturais da
terra para o cargo.
A Agência Nacional de Petróleo está
“coordenando” a entrega da Petrobras na Inglaterra, conforme noticiário abaixo
compilado.
“Uma
comitiva da ANP estará em Londres, na semana que vem, para apresentar a segunda
rodada de licitações para exploração e produção de petróleo no Brasil. A agenda
inclui reuniões com a Sociedade Britânica de Geólogos do Petróleo e com
representantes de 700 indústrias do setor petrolífero do Reino Unido.”
(Folha de São Paulo – 10-02-2000)
O vultoso negócio da venda “pulverizada” de
ações da Petrobras, conduzido pelo Banco Rothschild, maestro oculto
das finanças mundiais, à partir da “City” de Londres, é mais um lance
para a doação da empresa, e seu real objetivo é baratear o negócio para
o comprador, que será o próprio Grupo Rothschild e ou seus testas de ferro,
como Soros e outros, menos conhecidos.
A incursão contra a Petrobras atende,
perfeitamente, o objetivo estratégico da City, que é ampliar o controle de
toda cadeia produtiva de commodities estratégicas. Para manter o domínio da
economia mundial, basta ao Grupo Rothschild e seus aliados, puxar ou derrubar
as cotações da comoditie petróleo, por exemplo. Como as importantes reservas de
petróleo na Amazônia e em outros locais do território brasileiro põem em risco
os “projetos” da City, de submissão total do Brasil em razão de suas
reservas de minerais estratégicos, o grupo de Londres tudo fará para
apossar-se da Petrobras, como já fez com a Vale do Rio Doce. A venda
pulverizada do bloco de ações minoritárias é apenas o primeiro passo.
A venda das ações da Petrobras, coordenada
pelos próprios interessados na compra, é caso de polícia. Esse crime já foi
praticado anteriormente, na doação da Vale do Rio Doce. As financeiras que
“modelaram” a privatização, representavam os compradores. É o caso, agora do Banco
Rothschild e sua controlada Merrill Lynch, que também participou da
tomada da Vale, “modelando” a sua privatização. É importante lembrar, que as
“modeladoras” não auditaram a empresa, apenas fizeram consultoria, opinando
sobre o seu valor, supostamente, baseado na sua capacidade de gerar recursos no
futuro.
No caso da Vale, o governo vendeu o
controle da empresa pela cotação de bolsa, para lotes de 1.000 ações,
desprezando o patrimônio líquido, o valor da transferência do
controle, as concessões de lavra e pesquisa e o potencial estratégico da
empresa, que é o nosso principal instrumento para a extração de riquezas
minerais. Para pressionar o mercado internacional a importar produtos
brasileiros, basta, administrar a produção de minérios, influenciando as
cotações da Bolsa de Metais de Londres. Cioso do seu poder, o grupo Rothschild,
manipulador das cotações dos metais e outras commodities e que, em razão disso,
domina o sistema financeiro internacional, apoderou-se da Vale com a clara
colaboração do governo FHC.
A Petrobras também é o nosso instrumento
para extrair o petróleo do subsolo e detém valiosas concessões em lençóis de
petróleo. Nessa medida, não há como vender a empresa sem ceder a
soberania, porque os compradores são os mesmos concorrentes que há
décadas procuram ocultar a existência de óleo em nosso subsolo. Como não
deu mais para esconder o potencial petrolífero do país, os concorrentes estrangeiros
resolveram “comprar” a Petrobras, barato, com a colaboração de seus
“aliados” no governo.
Está claro, que o objetivo do governo FHC é
submeter o perfil energético do país aos concorrentes externos. As elétricas já
estão sendo vendidas a preços de “ocasião”. Doando a Petrobras, a Nação
certamente será tangida, ao bel prazer da pirataria internacional.
Que é feito do capital arrecadado, até
agora, com as “privatizações”? Desapareceu em forma de pagamento de juros.
Juros, “data venia”, paga-se com
saldo de exportações, com trabalho, não com a doação do patrimônio público.
Contudo, sintomaticamente, as exportações brasileiras declinam desde a
posse de FHC, cujo governo, ano a ano, acumula “déficits” comerciais, com
claro intuito de provocar a crise, para subordinar nossos interesses à
ganância da “City”. Os tímidos valores das exportações do governo FHC dão
conta disso. Enquanto o México exporta 125 bilhões e a pequena Bélgica
165, o Brasil exporta apenas 46 bilhões. A liberação predatória
de importações de supérfluos também demonstra a ação do governo, contrária aos
interesses do país. Sequer conta o governo FHC com o fundamental Ministério do
Comércio Exterior! Denunciada essa omissão, criou a “Câmara de Comércio
Exterior”, que em nada tem contribuído para fomentar as exportações. O Brasil
continua exportando empregos e impostos!
Coroando
o processo de submissão do país aos interesses da City, FHC multiplicou o
endividamento interno e externo, sem nada realizar. Em 1997 tentou doar, por
600 mil reais a mina de NIÓBIO do Pico da Neblina, que está avaliada em UM
TRILHÃO DE DÓLARES, golpe traiçoeiro, que não foi adiante porque denunciado a
tempo.
Qual a grande obra deste governo? Nenhuma.
O que salta aos olhos é o projeto de internacionalização da economia com risco
real de perda de soberania. Agravando o caos, dolosamente implantado, o crime
organizado permeia os poderes da República, estando embricado nos três
níveis de governo. Está claro, que o projeto Brasil de FHC é a quebra da
unidade nacional, para ceder o potencial mineral da Amazônia aos reis da
City.
A venda pulverizada de ações é o golpe da
“desossa” para entrega da Petrobras, ao preço que for imposto pelos
compradores e, se possível, com financiamento do BNDES. Tudo isso apoiado pelos
caciques do PFL, do PSDB e PMDB.
O “grande negócio”, de 8 ou 9 bilhões de
dólares, mencionado pelo diretor do Banco Rothschild no Brasil, na realidade é
uma incursão danosa ao patrimônio público, porque na negociação do
controle acionário, considerando-se a condição estratégica da Petrobras, as
ações que o Ministro Tourinho, quer “pulverizar”, vendidas em bloco, com
o controle, valeriam cinco vezes mais. O golpe em andamento visa saquear
o Tesouro Nacional em cerca de 30 bilhões de dólares. Portanto, mesmo que a
privatização da empresa fosse conveniente, a venda pulverizada de ações
seria danosa, em virtude do aviltamento do preço final.
O eleito deve defender o interesse público!
A venda da Petrobras, mesmo pelo seu justo valor, certamente não é do interesse
da Nação, e deve ser, incondicionalmente, barrada, sob pena da perda
irremediável da soberania.
São Paulo, 03 de fevereiro de 2000
GRUPO DAS BANDEIRAS
ANTÔNIO JOSÉ RIBAS PAIVA
Presidente